Você sabia que alguns medicamentos utilizados para tratar osteoporose, metástases ósseas e outras doenças podem comprometer gravemente a cicatrização da boca após procedimentos dentários? Estamos falando dos bifosfonatos, fármacos amplamente prescritos, mas cujo impacto na saúde bucal é muitas vezes ignorado, inclusive por pacientes e profissionais não especializados.

Os bifosfonatos são medicamentos que inibem a reabsorção óssea, sendo indicados para tratar doenças como: Osteoporose, Doença de Paget, Mieloma múltiplo, Metástases ósseas de câncer de mama e próstata.

Quem faz uso de bifosfonatos precisa de atenção redobrada em tratamentos como extrações dentárias, implantes ou cirurgias periodontais. Ignorar esses riscos pode levar a uma condição grave e dolorosa chamada osteonecrose dos maxilares.

Eles atuam fixando-se ao osso, inibindo a ação dos osteoclastos (células que reabsorvem tecido ósseo), o que fortalece os ossos, mas, ao mesmo tempo, dificulta os processos normais de regeneração óssea, especialmente em áreas com alta remodelação, como os maxilares.

O risco mais temido associado a esses medicamentos é a Osteonecrose dos Maxilares Associada ao Uso de Medicamentos. Essa condição pode surgir, por exemplo, após uma extração dentária ou colocação de implante em pacientes que usam bifosfonatos.

Cuidados práticos e protocolos para quem usa bifosfonatos:

1. Comunicação entre profissionais: O dentista deve ser informado sobre o uso atual ou passado de bifosfonatos, seja por via oral ou intravenosa.
2. Avaliação pré-tratamento: Se possível, o paciente deve realizar uma avaliação odontológica antes de iniciar o uso do medicamento.
3. Evitar extrações e cirurgias invasivas: Sempre que possível, optar por tratamentos conservadores.
4. Cuidados redobrados com a higiene bucal: Profilaxias regulares e controle de placa bacteriana são essenciais.
5. Intervenções integrativas: Laserterapia, ozonioterapia, suplementação de vitaminas pode ser aliadas na prevenção e recuperação.

O uso de bifosfonatos exige atenção e um plano de cuidados personalizado, que una conhecimento científico, práticas integrativas e um olhar atento ao paciente como um todo. A boca não está isolada do resto do corpo, e você merece ser tratado com o respeito e a sabedoria que sua complexidade exige.

* Conclusão: prevenção e consciência são os melhores medicamentos para a sua saúde*